19 m2 (a olho) de parede forrada a livros não deixam dormir ninguém. Vou fazendo listas mentais de obras a ler e, como estou com uma memória de cocó, ando a pensar pedir-lhe para ir juntando, numa prateleirazinha, aqueles que me proponho ler, digamos..., num ano.
A escolha é bastante heterogénea, cheia de títulos igualmente urgentes.
Mas, e se me conhecem deste e de outros endereços (nem vou linkar), sabem que a certa altura ergui as mãos para os céus e agradeci (a Darwin e a outros) que nas minhas leituras diversificadas tivesse encontrado, nos meandros da Biologia e da Sociologia, todas as justificações para os meus fracassos na vida. Mandei logo foder a psicologia e declarei interesses nas duas disciplinas.
Ora ontem, para meu desassossego, já com o crânio a estalar de tantas possibilidades (nem vou enumerar, nem vou enumerar), levanto os olhos antes de apagar a luz e eis que leio (e corrijo a posição da cabeça para me certificar do que vejo): "Sociobiology".
Será possível?!
Adormeci com as sinapses aos gritos e não estou em mim.
*Este post foi escrito sob o efeito de uma certa euforia mas não será revisto.
**Afinal ele não me aconselha aquele, mas outros. Mas não é a obra em si, é a existência da interdisciplinaridade que me interessa. Preciso de pegar-lhe, não obstante. E depois esses.
É possível, mas aconselho-te discernimento e capacidade crítica, por vezes a biologia não conjuga muito bem com a sociologia e surgem ideias estranhas, más interpretações, como a sobrevivência dos mais aptos levada ao extremo da raça superior e dos campos de concentração; ou teorias que não temos livre-arbítrio, mas sim uma predisposição genética, esquecendo a filosofia e a epigenética; ou uns livrinhos que vão surgindo por aí, apregoados como científicos, acerca da biologia da mulher e o seu papel na sociedade como femea reprodutora...
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