24/09/12

Mas não me ofereçam nenhum!!

Animais que eu gostava de ter, provavelmente não em simultâneo:

Camaleão, vaca, capivara, koala,
furão, pato.

Que me lembre.

Girls. Heroes.

Ela brilha!

Side by Side: Greta Gerwig on Nowness.com.



E ela é brilhante.
(Embora aqui não dê para ver! :)

Side by Side: Lena Dunham on Nowness.com.



Gosto das duas e não estão aqui, juntas, por mero acaso.
Algo está a acontecer. :)


Malucos do Riso



Se fosse um filme de outro realizador, se não esperássemos um filme do Woody Allen, seria assim tão mau? Julgo que sim.

Mas o facto de ser do Woody Allen torna a coisa ainda mais grave.

A espiral decadente que começou em Vicky Cristina Barcelona e continuou com Midnight in Paris (muita gente gostou, é certo. Eu não, mas a conclusão termina aí, é claro), tem, como é esperado, sequela em To Rome With Love.

Felizmente (também para mim que gosto de gostar de Woody Allen), pelo meio houve Whatever Works e You Will Meet a Tall Dark Stranger (de todos os referidos foi, talvez, o que mais gostei).

É que isto dos filmes por encomenda não resulta. Aquilo que era conhecimento de causa e subtileza é tomado pelo pitoresco e, talvez por necessidade de justificar os gastos, há uma qualquer necessidade de atafulhar as fitas de gente conhecida, local e importada, que resulta numa salgalhada e desperdício de talento onde tudo é superficial.

Não há construção de personagens (já em Midnight in Paris tinha achado isso: há caricaturas, não há personagens com vida própria - que se adivinhe pelo trabalho de construção, mesmo que essa vida própria anterior não esteja em cena) e nalguns casos é mesmo gritante.

Judy Davis (a mulher de Woody Allen/Jerry), por exemplo, está ali a dar as deixas ao actor, a bater texto, só isso. E Monica, a jovem actriz que chega para desestabilizar a relação do casal amigo (Ellen Page), não existe para além dos clichés que o próprio John (Alec Baldwin) descreve cada vez que ela abre a boca. Mas essa pode até ser uma opção assumida: a miúda era um cliché ambulante, desmascarado por outros. Agora, que a Penélope Cruz o seja, outra vez (remember Vicky Cristina Barcelona), é uma pena e novamente um desperdício.

Roberto Benigni é Roberto Benigni e nesse caso eu até gosto. Mas aqui nada acrescenta.

O cantor de chuveiro e família são também eles próprios caricaturas. Ele, a mulher (la mamma) e o filho (defensor dos oprimidos, advogado de causas pro bono).

O que sucede é então uma série de gags, a piadola pela piadola, a falta de plausibilidade (que estaria sustentada por um humor do absurdo mas não é o caso).

Convenhamos que há, efectivamente, cenas com piada. Eu ri-me. Mas foi um riso piedoso, algumas vezes. Porque tudo é previsível demais.

E To Rome With Love é um episódio dos Malucos do Riso. Cheio de gags, situações cómicas de livro de anedotas, convenientemente ilustrado por uma série de bons actores (e actrizes) e mulheres bonitas (não que eu tenha retido essa imagem como balanço do filme, mas porque já vi que há quem o tenha feito). E, diga-se de passagem, os Malucos do Riso foram um programa de grande audiência durante anos a fio. Ou seja, algum crédito hão-de ter (pessoalmente, conheci muita gente ligada à produção, actores, realizadores, etc, e, em termos de panorama da produção nacional, eram, a SP Filmes, dos que funcionavam melhor).

A questão aqui volta a ser o Woody Allen. O filme vale o que vale (para mim não vale grande coisa) e assim continuaria sendo de outrém. Mas do Woody Allen espera-se mais porque sempre houve mais e melhor. E espera-se que retorne a casa.

Eu gostava muito de o ver questionar-se, ao seu estilo, sobre temas independentes da localização geográfica (e nesse caso até podia filmar nas Berlengas). O envelhecimento, por exemplo. Woody Allen a tocar as questões do íntimo no seu próprio ponto de vista. Uma coisa mais introspectiva, a la Woody. Ou até mesmo, personalizando, o envelhecimento em Nova Iorque ou na cena nova iorquina e todas as questões que ele levanta. Mas não vou ser eu a fazer uma encomenda.

Ainda uma voltinha sobre as mulheres bonitas para acrescentar que a Greta Gerwig é outra que é desperdiçada neste filme mas honrosa excepção seja feita a Alessandra Mastronardi que foi, para mim, das poucas personagens efectivamente construídas. Aquela Milly, apesar da improbabilidade de tudo o que lhe acontece, tem efectivamente graça quando vai revelando a malícia por baixo do ar de menina bem comportada. E Antonio Albanese podia dar-lhe melhor contracena, não tivera apenas esboçado a existência da sua personagem.

Alessandro Tiberi (Antonio, o marido de Milly, que se vê nos braços de Anna) pareceu-me que pode ser um actor interessante e para abrilhantar os olhos ao público feminino, nesse caso, Flavio Parenti, o menino bonito de Io Sono L'amore, esse, sim, um grande filme.


21/09/12

Comunicado



Não vou à manifestação porque arranquei um molar e foi mais difícil do que se esperava (ainda bem que o dentista não cobra à hora, que foram duas) e agora tenho que estar quieta, não apanhar sol nem calor, não fazer esforços e estar agarrada a gelo com 3 dias de anti-inflamatório.
Vou comer gelados e saborear o sangue da ferida aberta, apesar dos pontos.
MAS FAÇAM-ME O FAVOR DE IR POR MIM, que eu também vou sempre por todos! Obrigada.

(Cartaz do mui prezado Sr. Prezado)

20/09/12

^_^



de tumblr em tumblr

O Meu Cabelo Quando Acordo #2

Dêem-me o devido desconto que isto é sem make-up, só com simulação no Photoshop.

"Eu hoje acordei assim."

Olho para o espelho e maldigo o dia em que resolvi cortar a franja. Caracóis fartos com franja: não.

Primeiro pensei na Carly Simon, mas só com muito esforço.





Depois pensei na Donna Summer (esforço sem make-up e tom de pele à parte) mas também não.





Continuo é muito parecida com o Puyol (e já aqui tinha falado nisso).



Mesmo sem photoshop.


Bom dia :)

17/09/12

Amanhã dançamos (na Cinemateca)



Amanhã às 19h na Cinemateca, em Lisboa, passa uma selecção de filmes premiados em Vila do Conde e entre eles está o Rapace, de que se vê uma imagem ali na foto, em que eu e Hugo Leitão fazemos uma dança que consiste num bom exercício com vista a ultrapassar o sentido do ridículo... :)

Agora a sério, um filme do João Nicolau em que todos participámos com total amor e devoção. E deu bom resultado.

E que, desculpem lá, mas passo a destacar no programa aí em baixo:


Amanhã na Cinemateca, 19 h - CURTAS DE VILA DO CONDE - PROGRAMA 1
duração total da sessão: 97 min
com as presenças de Nuno Rodrigues, da direção do Curtas Vila do Conde e (a confirmar) dos realizadores

A VIAGEM A CABO VERDE
de José Miguel Ribeiro
Portugal, 2010 – 25 min

RAPACE
de João Nicolau
Portugal, 2005 – 17 min*

ENTRETANTO
de Miguel Gomes
Portugal, 1994 – 25 min

OS VIVOS TAMBÉM CHORAM
de Basil da Cunha
Portugal, 2012 – 30 min


Um programa com quatro filmes portugueses premiados em diversas edições do Festival, um filme de animação e três ficções: A VIAGEM A CABO VERDE (Grande Prémio Internacional na décima oitava edição) acompanha uma viagem de descoberta das ilhas de Cabo Verde, sem itinerário predefinido. RAPACE (Grande Prémio da décima quarta edição), estreado na Quinzena dos Realizadores em Cannes, foi uma das curtas-metragens portuguesas a ter maior divulgação internacional. Em ENTRETANTO (Prémio de Melhor Fotografia na sétima edição), que marca a estreia na realização de Miguel Gomes, um trio de jovens (dois rapazes e uma rapariga) está em equilíbrio instável, entre o jogo e o desejo. OS VIVOS TAMBÉM CHORAM (Prémio de Melhor Filmes na vigésima edição) conta-nos a história de um homem que trabalha no porto de Lisboa e sonha em partir para longe num daqueles navios. Os primeiro e último títulos da sessão são primeiras exibições na Cinemateca.




* ali diz que o filme tem 17 minutos mas na ficha técnica sempre constaram os 25, por isso, olhem, não sei ao certo.

Sou capaz de ir mostrar às miúdas. :)

10/09/12

Os Inimputáveis

Há uma idade mental em que nos julgamos muito emancipados e esgrimimos pequenas subtilezas da canalhice,
daquelas em que o acossado é ferido mas tudo o mais são coincidências e não há nada de que nos possam acusar.
Eu, agora, sou como os malucos.
Ou as faço tão às claras que nem me salvo ou tão sorrateiramente que nem dás por isso.
É o chamado que-se-foda!