17/05/13

TPM

Hoje chorei baba e ranho com mais uma entrevista ao MEC (e mulher) mas, pasme-se, esta era feita pelo M. L. Goucha, num programa da manhã. Tenho lido e ouvido quase todas, mesmo quando acho que já chega (acabo por não resistir), e encontro sempre mais alguma surpresa, com a graça que se espera.

Na primeira (que li) desta série de entrevistas que têm acompanhado o lançamento do livro de crónicas, já tinha ficado enternecida com a descrição da vivência daquele amor.
Mas, hoje, o que me surpreendeu foi a maneira como aquilo me bateu.

Não sei se pelo improvável entrevistador, se pela péssima realização, ou até mesmo a crueza e a aparente falta de encenação, o que é certo é que, ia eu já naquele crescendo (a observar as expressões faciais e reacções dela e a absorver as palavras dele), quando ele diz aquilo de que "quando um dos dois se vai, fica menos que um"...

E, às tantas, é isso.
Mesmo ultrapassando a ideia da morte (ou será que é essa, sempre presente?), amar coloca-nos numa vulnerabilidade aflitiva.
Entre o êxtase e o pavor! Não?


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Depois lembrei-me que ontem, enquanto se discutiam escolas - e movimentos de ensino - e eu tentava defender e propagandear a minha, tinha apregoado o respeito pela liberdade e individualidade de cada criança, assim como a potenciação das aptidões e interesses naturais (contra os métodos em que prevalecem a avaliação quantitativa, a competição e a ambição, lado a lado com a educação religiosa...).

Olhando agora vejo que, mais que tudo isso, havia uma educação pela felicidade. A felicidade daquelas crianças.
E se, todos os que ali passámos, guardámos tempos felizes nas nossas recordações de infância, aprendemos, acima de tudo, a reconhecer a felicidade de modo a poder procurá-la.

Acho que foi isso, e só ontem consegui resumir a coisa.
Aprendemos a reconhecê-la e buscá-la.
Que bom.


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Qualquer dia já faço memes.

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