21/10/12

Viva Gil, viva Tom Zé e Os Mutantes



Ir ao cinema ver Tropicália, o filme, e voltar eufórica. Assistir ao filme com um sorriso nos lábios e o batuque no corpo.

Confirmar - nem confirmar, afirmar!, que já estava confirmado - porque se ama o Caetano sempre.
Para lá do Leãozinho, muito além do Prenda Minha, para lá de Marrakesh.

"Vocês não estão entendendo nada"
Este filme devia augurar uma revolução.
Navegar é preciso.





Ainda podem vê-lo no Doclisboa a 27 de Outubro, às 21:45 no Cinema São Jorge, Sala Manoel de Oliveira (Lisboa).

17/10/12

QUERO







Quero trabalho comunitário para essa corja que anda aí a governar, penas de prisão, multas, etc.
Essa corja, esta corja e a outra.
Responsabilização, é o que eu quero.

Quero que as promessas feitas em eleições tenham que ser cumpridas sob pena de as pessoas serrem julgadas pelos incumprimentos, com penas proporcionais aos danos causados à população defraudada. Mais tento na língua e mais pudor e vergonha.

Quero um estado representativo do estado em que estamos, uma assembleia representativa, deputados e governantes representativos das pessoas que somos.

Quero pessoas competentes, conhecedoras e íntegras à frente do país e capazes de tomar decisões em nome de todos.

Quero que a justiça seja célere a tratar dos corruptos, dos bandidos, dos intrujões, parasitas e burlões. Principalmente quando têm poderes de estado, poder sobre todos nós. Nós temos que ter poder sobre eles. Todos somos um. O mesmo.

E para isso que se gaste dinheiro em tribunais e juízes e não em submarinos ou carros ou visitas de estado.

Quero uma regulação ambiental isenta de pressões municipais ou interesses económicos. Está prestes a acabar, se é que tem havido.

Quero saúde igual para todos porque todos somos pessoas e temos os mesmos direitos.
Educação capaz.
Pessoas tratadas como pessoas.
Humanismo em vez de números.
E nos números competência e seriedade.
Comissões de cidadãos, creditados e avaliados por todos.

Possibilidade de envelhecer neste país. Possibilidade de crescer neste país.
Possibilidade de ser gente neste país e de ter horizonte.

E os bancos que sejam metidos no seu sítio, que paguem os investimentos que fazem com o nosso dinheiro.

Aqueles que exploram o pobre, o desgraçado, para enriquecer com a ajuda dos governantes, esses que emigrem! Vão fazer fortuna para fora.

Cá dentro quero restabelecer a agricultura, as pescas e a indústria. O sector primário e secundário. Não comemos "serviços".

Governantes que não se deixem iludir com dinheiros externos para investir e os apliquem em vez de o esbanjar.

Esforço para crescer e produzir em vez de fazer mirrar o povo.

Seriedade e muita, muita, responsabilidade.
De todos, por todos.

Começar do zero porque já estamos a negativo.

E que as pessoas se juntem, se reúnam, discutam, decidam e façam acontecer.

16/10/12

De modo que




a malta está desempregada, acabaram as festas e tem que se entreter com qualquer coisa...





O que o Pessoa Ferreira faz para ganhar uns ténis... tch, tch...

15/10/12

A-ham! Hum! Pequena correcção a fazer...

Hoje comemora-se a primeira década do blog A Coluna Infame, determinante para uma nova cultura portuguesa, intelligentzia ou o que lhe quiserem chamar, efeméride que alguns bloggers atentos, entre os quais o meu namorado, não deixaram ou deixarão escapar. Daí a algum tempo toda a gente ganhou, criou, experimentou um blog e hoje em dia, como diria a Rita Quintela, que já cá anda desde 2004, "Facebook killed the blog star" (nem tanto, mas em parte).

Mas, quando se diz por aí que A Coluna Infame foi o primeiro blog português, alto aí e pára o baile!
Eu não vim parar aos blogues por causa da infame coluna. Eu vim cá espreitar (no antigo Tolice) por causa de uma senhora chamada Rosa Pomar que iniciou o seu blog em 2001.

Nem mais, nem menos. Junho de 2001, ainda com dificuldades técnicas.
A Ervilha Cor-de-Rosa, de início @ny, relatou a sua experiência de vida em NY e, durante anos a fio, toda uma vivência de mulher, mãe, empreendedora, crafter, que teve repercussões em todo um segmento populacional português (maioritariamente feminino, mas não só) e do mundo!

Caso conheçam bem a expressão escrita do Pedro Mexia ou do João Pereira Coutinho e, quiçá, melhor a voz ou a imagem televisiva de ambos mas não saibam quem é a Rosa Pomar, eu dou uma ajuda.

Para simplificar, porque este post não é uma lição de história, a RP iniciou um percurso na blogosfera antes de toda a gente conhecida da nossa praça. E um dia, mãe ou prestes a ser (agora não vou pesquisar), decidiu fazer para a filha uns bonecos à semelhança dos que se lembrava de ter, de pano, em miúda. Depois de uns vieram outros e perante uma imensidão de gente de TODO O MUNDO que lhe enaltecia os cuidados, o design, etc, começou a vendê-los, numerados.

Assim, de um momento para o outro e durante anos, a Rosa Pomar passou a ser referência na blogosfera mundial, no mundo dos crafts (que em termos de universo bloguístico bem pode ter começado com ela) e de um certo retrato da maternidade, já que ia ilustrando o blog com pequenos relatos e fotografias do dia-a-dia (coisa que hoje parece comum mas na altura não era).

E foi (e é) vê-la linkada e referida por todo lado, da Suécia aos EUA, passando por todos os países de que se possam lembrar.

Também com o FB, a passagem a um espaço físico de ponto de venda e o surgimento de outros interesses, a Rosa foi abrandando o ritmo dos posts n'A Ervilha Cor-de-Rosa no último par de anos.

Mas não sei quem terá tido maior importância, não que isso deva ser medido assim...
Parece-me é que também será bom puxar os galões a outra cultura menos elitista e talvez, afinal, menos do mainstream. Ou não.

Mas o impacto no modo de comunicar, encontrar espelhos e feedback, quem sabe um modo de subsistência e/ou de salvaguarda da saúde mental (para mães à beira do ataque de nervos - e, hey, todos têm uma, ainda que possam não o ser) à distância dos dedos, de um blog como o da Rosa Pomar...

Parabéns à Rosa (que já acompanhei mais, é certo, mas ainda assim....) e parabéns a todos.

Venham mais dez. Ou onze.



(PS - E com os blogs conheci tanta gente que adoro e que passou a fazer parte da minha vida, que nem vou linkar sob pena de ser injusta por omissão... <3 )

09/10/12

Woah!



Às vezes o mundo é tão espectacular, não é?!

Não fazia ideia (como se isso fosse de espantar...) que as deformações na matéria causadas pelos buracos negros também provocavam alterações no tempo!
Provavelmente por nunca ter compreendido verdadeiramente a teoria da relatividade, certo?


Obrigada São João!

:)

In every possible sense :)



Dos Tumblres. (Já me perdi...)

08/10/12

Surpresa (ou não)



À medida que o filme avança afastamo-nos do caos e do pânico (e do registo de comédia) lançados pelo fim iminente.
É, assim, um paradoxo, mas na realidade não sabemos como nos comportaríamos após o choque inicial e antes do embate final. (Em Melancholia, enquanto todos entram numa espiral frenética, só Justine, a louca, tende para a calma.)

"Seeking a Friend for the End of the World / Até que o Fim do Mundo nos Separe" é sempre surpreendente, até pelo desfecho que, afinal, era a única coisa certa...
Nada é muito previsível e somos muitas vezes confrontados com opções inesperadas. Eu gosto disso. Como gosto disso! Nos filmes e nos livros.
E depois há aquela cadência que se vai apoderando de nós e da fita, aquela serenidade que contradiz o apocalipse que acabará por vir, das personagens que se encontram (a si e à outra), da música que escutam, do bem que se fazem.
E o Steve Carell... cada vez gosto mais do Steve Carell.
Até a esquisitinha da Keira Knightley está apropriada ao papel.
Gostei.

Para rir



(Tumblr)