23/07/12

Eu vi a luz




Era uma vez um filme turco, Once Upon A Time in Anatolia ("Bir zamanlar Anadolu'da" no original) que tinha a melhor fotografia ou, para ser mais concreta, a melhor luz do cinema dos últimos tempos. Aquilo é fotografia em movimento (para uns pode ser redundante, eu sei), ou melhor, muito boa fotografia em movimento.
Nem fui investigar, porque sou preguiçosa e não tenho obrigações do foro jornalístico ou crítico, se a responsabilidade é mais do realizador ou do director de fotografia, ou se o primeiro começou a vida artística como fotógrafo, mas que existe ali uma preocupação particular com a iluminação e a captação de luz de forma especial, existe. Imagino que tenha dado mais trabalho do que o que já é usual... estive ali a puxar pela cabeça... aquelas cenas à noite em que se capta a ténue luz existente e ainda os focos dos automóveis daquela forma... em fotografia eu diria que tínhamos a câmara em exposição, mas ali não faço a mais pequena ideia, até pelo movimento que eu não sei como resulta em vídeo (digital ou película?).
Enfim, o importante é que aquilo era lindo.
A ajudar, os actores com uns rostos fantásticos, umas composições de personagem bestiais e uma ou outra cena a lembrar teatro no sentido das marcações e das entradas e saídas de cena. Ou a lembrar aquele lado nenhum de One From The Heart, embora a história e o contexto não tenham nada, mas mesmo nada, a ver.
E mais. Um policial que não o é. A acção decorre na cena de um crime, durante a investigação do mesmo, entre criminosos e polícias ou detectives que investigam o crime e um médico legista e a autópsia do corpo. Mas o que parece ser secundário passa a principal e uma série de personagens e suas vidas ganham rumo e justificação no decorrer da acção que principia como sendo a central e passa a acção de fundo, elemento catalisador do resto.
Eu tenho a minha teoria acerca do próprio desfecho implícito na narrativa mas não vos vou estragar a surpresa e provavelmente poderão ter outra opinião, já que se trata de uma narrtiva aberta (ou talvez não, ou nem tanto... :)
Imagino também que os pontos de vista divirjam q.b., como aconteceu cá em casa...
A ver, digo eu.











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