Ainda ontem ao jantar falávamos da arte, entre artistas, e da chamada arte conceptual (...).
Falou-se de muitas outras coisas, de espaços culturais, investimentos públicos, apostas pessoais, enfim.
Mas a certa altura lembrei-me daquele - ahem - cocó que fizeram para Serralves. Aquela coisa "interactiva", de realidade aumentada...
... que resultava numa imagem assim, para quem dispusesse da tecnologia avançada para ver a instalação:
E resava assim a legenda:
"Não, o que vêem acima não é a Casa de Serralves grafitada, mas a primeira instalação artística em Portugal a utilizar a tecnologia de realidade aumentada.
A obra, do artista multifacetado João Paulo Feliciano, tem co-produção Serralves e SIM – Movimento pela Criatividade em Portugal by Samsung.
Chama-se “Walls to the People” e tem como base as paredes da Casa de Serralves. “É composta por inscrições e graffiti que normalmente podemos encontrar nas paredes do espaço público”, explica Serralves. “Mas as inscrições são virtuais e não estão visíveis à partida. O convite ao público é que venha explorar e descobrir cada uma das inscrições apontando para as paredes da Casa o seu smartphone ou tablet com tecnologia de realidade aumentada”."
Fiquei também ontem a saber, no jantar, que se comenta por aí que o autor dos graffitis utilizados terá movido um processo ao autor da instalação por não ter sido tido nem achado pela utilização das imagens/inscrições da sua autoria que se encontravam espalhadas pela cidade (eu por acaso achava que aquilo parecia ter sido feito a marcador, a outra escala, e digitalizado! Se calhar foi e esta parte da história não passa de boato...).
Enfim, a coisa tem laivos de tragicomédia.
Claro que não leva a lado nenhum o discurso do "porquê fazer isso e não _________ (outra coisa qualquer, completar a gosto)". Mas ao ver hoje, por acaso noutro blog, uma coisa destas (não sendo a única do género nem completamente nova), não pude deixar de me lembrar da outra, já que falamos de intervenção virtual nas fachadas:
O conceito "instalação" dá um jeitaço. Pode-se pegar numa trampa qualquer e dizer que é arte. Enfim.
ResponderEliminarÉ. :)
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