(post com bolinha no canto superior direito)
O grande acontecimento do fim-de-semana deu-se quando, sábado à noite, uma da manhã, sozinha em casa com as miúdas, eu não aguentei mais a coroa que me colocaram no dente na 6ª feira à hora de almoço...
Aquilo caíu-me na 5ª ao jantar (pela terceira vez desde o Verão, julgo eu, porque a base é muito precária - o dente original, um molar, quebrou muito junto à raíz e dele só resta esta, fendida, e a parede de fora) e eu corri outra vez ao dentista no dia seguinte para reparação. Voltou a fixá-la "provisoriamente" porque não há base de sustentação que garanta um trabalho muito eficiente... vai-se gerindo como se pode, aguentando até dar.
(Fiquei de voltar no dia 23 para tirar e voltar a pôr de forma a que a gengiva não dispusesse de umas horas entre a queda e a colocação para começar a cobrir a raíz.)
Só que, não sei se porque se pressionou mais do que o costume (para ver se não caía outra vez), aquilo ficou a incomodar-me desde então. A gengiva estava dorida, magoava-me qualquer tipo de pressão... estava a tomar anti-inflamatórios há dia e meio a ver se melhorava e nada.
Por fim, ontem à noite quando me deitei, a coisa tornou-se insuportável. Mas quando digo insuportável digo insuportável! Só me lembrava daquela gente que se magoa num sítio para deixar de sentir a dor noutro!... Era isso ou dar com a cabeça na parede! E a perspectiva de esperar, na melhor das hipóteses, pelo dia de hoje ou de amanhã... impossível! (Julgo que ao pressionar mais do que o usual se terá inadvertidamente forçado a raíz rachada no sentido de abrir e, com isso, as partes pressionadas estariam a tentar abrir dentro do maxilar (osso).)
Ia pressionando o dente num sentido e noutro a ver se aliviava mas nada. Comecei a tentar puxar o dente para ver se arrancava a coroa... nem mexia!
Foi então que me lembrei que o lado de dentro do dente oferecia menos apoio à base da coroa porque era quase inexistente.
E foi assim que, antes de experimentar o alicate, me lembrei da "técnica da alavanca"...
Fui buscar a lima das unhas e enfiei a ponta ente a gengiva e a coroa do dente, no lado interior da boca. Pressionei e - paft! - saltou o dente! Quer dizer, saltou a coroa! :D
Passado uns minutos já tinha passado aquela pressão horrível, misturada com dor.
Amanhã falo com o dentista para decidir o que fazer porque não quero repetir a sensação (já tive dores de dentes mas nunca me tinha dado para tentar arrancar um!)... cá para mim peço-lhe para arrancar o que resta (extrair a raíz) e assim, aos 38, opto por ficar sem um molar...Oh, que se lixe... mais daquilo é que não!