22/04/12

Opá, e ainda

a singularidade de viver numa ilha com 6,5x4km, 460 habitantes todos concentrados no município do Corvo, "o único dos concelhos da República Portuguesa que não tem qualquer freguesia, já que, nos termos do artigo 136.º do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, este nível de divisão territorial não existe na ilha" (in Wikipédia), com dois ou três cafés, uma escola, uma estrada, uma igreja... onde as mulheres (!) dizem as orações à hora da missa (pelo que vi no filme) porque o padre não deve estar sempre disponível (?) e onde chegam por vezes forasteiros para ficar.
Onde, nos dias que correm, por vezes se vive realmente isolado do resto do mundo, onde o único porto/cais marítimo muitas vezes desaparece por baixo das ondas e onde por vezes durante meses não se pode atracar (há uma pista para uma pequena aeronave).
Uma ilha que já foi auto-suficiente (à excepção do açúcar) e que hoje em dia depende cada vez mais do exterior.
Onde em vez de 460 já foram 900 habitantes, já houve ovelhas (e lã) e já não há.
Onde só há registos dos últimos 200 anos de vida e não dos 500 e tal que a ilha já tem de história humana.



(Continuação dali e dali porque aquilo dá que pensar e é uma pena se não forem ver.)

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